Ele

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Não se lembrava das madrugadas terem sido tão frias um dia, até mesmo a neblina parecia enrijecida, e os ventos sequer assobiavam.

Olhou para o céu e viu a Lua, redonda, se insinuar timidamente com seu brilho através do espesso véu.

O silêncio reinava noite a dentro, nenhum som de coisa alguma. Por um momento não ouviu sua própria respiração e se assustou. Havia coisas com as quais não conseguia se acostumar. Mas não era importante. Ouvir ou não, estar presente ou não. Nada fazia diferença.

No final, ele pensou, o que importa é que tudo estava como sempre estivera, e era bom que estivesse assim.

No entanto, ele bem sabia, estava pronto para mudar.
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